UMA BREVE - BREVÍSSIMA - HISTÓRIA PROFISSIONAL DA MINHA VIDA

Em 2001 me formei em Direito e emendei um Mestrado em Direito Ambiental. Tudo parecia caminhar para uma carreira no Direito, mas a vida não é tão simples assim, né? O dia a dia de um advogado não me fazia muito feliz e me trazia bem pouco desafio e muita burocracia. Em pouco tempo, eu sabia que aquilo não duraria muito.

E não durou. Em 2003 eu decidi parar completamente com o Direito, mas, sendo bem sincero, não tinha muito ideia do que fazer. Passei um bom tempo me dedicando apenas à leitura - e gastando o pouco dinheiro que tinha ganhado como advogado junior. Eu já era um usuário assíduo daquela internet precária dos anos 2000 e, um belo dia, respondi a um anúncio no CraigList para fazer tradução do inglês para o português. Consegui este primeiro trabalho, depois peguei outro e, quando vi, já estava trabalhando diariamente com isso - traduzindo desde manuais de helicóptero (!) até legendas de seriados, dentre os quais, Friends, King of the Hill e Fresh Prince of Bel-Air.

Durante um bom tempo isso me satisfez plenamente, mas trabalhar sozinho em casa também cobrava um preço. Paralelamente a isso, eu mantinha um blog que existe até hoje (mas que quase não atualizo). O Whatever Words era um espaço livre de criação, em que eu escrevia sob um codinome. E, na época, fez um certo sucesso. Isso me fez receber um convite para escrever um blog para uma marca. Eu comecei a escrever um blog sobre o dia a dia de uma menina para uma marca de absorvente íntimo - sim, parece absurdo, mas era uma outra época. Tudo que escrevia era ficção e durou uns dois anos. (Perdão!).

Logo depois comecei a escrever um blog para a Philips sobre meio ambiente. Isso foi, mais ou menos, em 2005. Eu e o Marcus Nakagawa criamos o Energia Eficiente - um dos primeiros blogs para falar de meio ambiente. Escrevi mais de 6 anos para a Philips, entre outros trabalhos que fiz por lá. 

Daí pra frente, entrei no mundo publicitário bem rapidamente. Me chamaram na Gringo.nu para criar e escrever um site mobile da Microsoft em 2006; Depois passei pela finada Espalhe, onde fiz uma campanha gigantesca para o lançamento do novo Fiat Uno; Em 2007 fui trabalhar na GrudaEmMim para trabalhar com música. Eu era uma espécie de redator/ roteirista/ cameraman/ fotógrafo. Meu trabalho consistia em criar conteúdo para grandes artistas da cena musical. Viajei durante um ano com o Capital Inicial, Cachorro Grande, Gilberto Gil, Ana Carolina, Nando Reis, entre outros. Foi ali que criei meu primeiro programa na TV: O RockStrada, um documentário de 30 minutos que seguia o Cachorro Grande até BH para fazer a abertura do show do Oasis. Um prenúncio do que estava por vir.

Com a dissolução da Gruda Em Mim, segui meus amigos que haviam criado recentemente uma agência bastante promissora: a Bumaiê. Tínhamos apenas um cliente fixo: o Google. Escrevi durante 1 ano os Doodles do Google, coordenando tanto os textos quando as ilustrações. 

Em 2009 fui chamado para um novo desafio: a Riot. À época, a Riot era a maior agência de social media & influência do Brasil. Meu cargo era de Diretor de Criação & Conteúdo, área que ainda não existia. Era um desafio enorme, pois apesar de ter bastante experiência na área, nunca havia gerenciado uma grande equipe. Em menos de um ano, contratei 40 pessoas e montei uma área de criação. Dois anos depois, chegamos a 90 pessoas - mais de 50 redatores, 20 diretores de arte, RTV, revisores e um monte de freelas. Sob o meu guarda-chuva, atendemos mais de 25 das maiores marcas do mundo: Johnnie Walker (DIAGEO), L'Oreal Paris, Procter & Gamble, Pepsi, Antartica, Itaú, Renault, J&J, Vigor, Gol Linhas Aéreas, Spotify, LG, entre muitas outras. 

Durante 7 anos fui o Diretor de Criação da agência, que chegou a 300 funcionários em 2013. Um transatlântico de sucesso e que me dava muito prazer - e trabalho! Lá conheci e contratei muita gente que faz muito sucesso no mercado. Amigos e profissionais dos quais tenho muito orgulho. 

Em 2016 esse ciclo chegou ao fim com a venda da agência e as consequentes mudanças às quais eu não concordava. Antes de sair, fui obrigado a demitir mais de 50 pessoas. Um episódio que me marcou durante algum tempo e muitas sessões de terapia. Pedi demissão em 2016 e, pouco menos de dois anos depois, a RIOT fechou as portas.

Assim que saí da Riot eu já sabia que não queria um emprego. Era a minha hora de tentar fazer o que sempre quis. Junto com um amigo, criei a Bicho, um estúdio de criação de propriedade intelectual. Nosso objetivo era criar projetos de entretenimento e conteúdo em parceria com marcas, produtoras e também projetos autorais. No primeiro ano, criamos mais de 15 projetos, entre longas-metragens, documentários, séries de ficção e documentais, branded content, eventos, games em XR e VR e campanhas publicitárias. 

Durante estes últimos 8 anos, a Bicho passou por muitas transformações societárias e atualmente é uma empresa de uma pessoa só, que continua chamando pessoas diferentes de acordo com os projetos e narrativas. 

Atualmente, além de continuar a escrever projetos, eu também dou consultorias a agências de publicidade e clientes sobre como o roteiro de cinema pode ajudar na construções de narrativas.

Aqui você pode ver alguns dos muitos projetos que fiz ao longo dessa jornada.

Muito prazer. =)